Festa de São Sebastião - Release para a Imprensa

12/01/2013 17:55

 

Paróquia São Sebastião de Lavras festeja seu padroeiro.

 

Muitas cidades brasileiras começam nesta sexta feira, 11 de janeiro, a novena em honra a São Sebastião. Em Lavras, MG, a novena solene em honra ao santo vai de 11 a 20 de janeiro, quando se dará o ápice da celebração com uma procissão e missa solene, presidida por Dom Célio de Oliveira Goulart, bispo diocesano. O tema geral deste ano é "São Sebastião nos convida a ser Igreja, Casa e Escola de comunhão".

Para todos os dias da novena foram programadas missas diárias, às 19 horas, com o envolvimento e participação das comunidades, pastorais e movimentos pertencentes à Paróquia São Sebastião de Lavras. Na coordenação está o vigário paroquial pe. Antão Roberto de Melo, uma vez que o pároco, pe. Luiz Eustáquio do Nascimento, encontra-se convalescendo de cirurgia recente.

Alimentos e donativos serão arrecadados durante todo o período da novena, destinados a famílias carentes da comunidade.

A grande festa do padroeiro acontecerá no domingo, dia 20 de janeiro, com a procissão solene saindo da Igreja de São Sebastião de Lavras a partir das 18 horas, seguida de santa missa campal solene, se o tempo permitir.

Toda a comunidade de Lavras é convidada a participar da festa em honra ao glorioso São Sebastião. São nove dias de festividades, com barraquinhas, missas, leilão, bingo e a tradicional novena de São Sebastião, com pedidos, agradecimentos e oportunidade de crescimento na fé e devoção ao padroeiro e estreitamento da amizade entre os paroquianos.

A programação completa dos dias 19 e 20 será divulgada em breve.

 

O santo

São Sebastião nasceu em Narvonne, França, no final do século III, e desde muito cedo seus pais se mudaram para Milão, onde ele cresceu e foi educado. Seguindo o exemplo materno, desde criança São Sebastião sempre se mostrou forte e piedoso na fé.

Atingindo a idade adulta, alistou-se como militar, nas legiões do Imperador Diocleciano, que até então ignorava o fato de Sebastião ser um cristão de coração. A figura imponente, a prudência e a bravura do jovem militar, tanto agradaram ao Imperador, que este o nomeou comandante de sua guarda pessoal.

Nessa destacada posição, Sebastião se tornou o grande benfeitor dos cristãos encarcerados em Roma naquele tempo. Visitava com freqüência as pobres vítimas do ódio pagão, e, com palavras de dádiva, consolava e animava os candidatos ao martírio aqui na terra, que receberiam a coroa de glória no céu.

Enquanto o imperador empreendia a expulsão de todos os cristãos do seu exército, Sebastião foi denunciado por um soldado. Diocleciano sentiu-se traído, e ficou perplexo ao ouvir do próprio Sebastião que era cristão. Tentou, em vão, fazer com que ele renunciasse ao cristianismo, mas Sebastião com firmeza se defendeu, apresentando os motivos que o animava a seguir a fé cristã, e a socorrer os aflitos e perseguidos.

O Imperador, enraivecido ante os sólidos argumentos daquele cristão autêntico e decidido, deu ordem aos seus soldados para que o matassem a flechadas. Tal ordem foi imediatamente cumprida: num descampado, os soldados despiram-no, o amarraram a um tronco de árvore e atiraram nele uma chuva de flechas. Depois o abandonaram para que sangrasse até a morte.

À noite, Irene, mulher do mártir Castulo, foi com algumas amigas ao lugar da execução, para tirar o corpo de Sebastião e dar-lhe sepultura. Com assombro, comprovaram que o mesmo ainda estava vivo. Desamarraram-no, e Irene o escondeu em sua casa, cuidando de suas feridas. Passado um tempo, já restabelecido, São Sebastião quis continuar seu processo de evangelização e, em vez de se esconder, com valentia apresentou-se de novo ao imperador, censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusados de inimigos do Estado.

Diocleciano ignorou os pedidos de Sebastião para que deixasse de perseguir os cristãos, e ordenou que ele fosse espancado até a morte, com pauladas e golpes de bolas de chumbo. E, para impedir que o corpo fosse venerado pelos cristãos, jogaram-no no esgoto público de Roma.

Uma piedosa mulher, Santa Luciana, sepultou-o nas catacumbas. Assim aconteceu no ano de 287. Mais tarde, no ano de 680, suas relíquias foram solenemente transportados para uma basílica construída pelo Imperador Constantino, onde se encontram até hoje.

Naquela ocasião, uma terrível peste assolava Roma, vitimando muitas pessoas. Entretanto, tal epidemia simplesmente desapareceu a partir do momento da transladação dos restos mortais desse mártir, que passou a ser venerado como o padroeiro contra a peste, fome e guerra.

As cidades de Milão, em 1575 e Lisboa, em 1599, acometidas por pestes epidêmicas, se viram livres desses males, após atos públicos suplicando a intercessão deste grande santo. São Sebastião é   venerado na Itália, Portugal e muito venerado em todo o Brasil, onde muitas cidades o tem como padroeiro, entre elas, o Rio de Janeiro.

 

O seu nome deriva do grego sebastós, que significa divino, venerável (que seguia a beatitude da cidade suprema e da glória altíssima).

 

São Sebastião é padroeiro dos arqueiros, soldados, infantaria e atletas. Também é protetor dos ruralistas e invocado pelos fiéis contra a  peste, fome e epidemias.